sexta-feira, novembro 17, 2006

Sexta-Feira de Inverno

Em dias como este apetece ouvir coisas mais próximas do sagrado ... será que é das noites mais frias ou do cheiro da bruma que paira nas manhãs do inverno que já começa???
Não sei a razão, mas é nestes momentos que me invade a memória daqueles que nos deixaram mais pobres e ... sós.
E, pensando assim, apesar daquele nó que nos aperta as entranhas, apesar de tudo, vale a pena ser invadido pela memória das coisas boas.

ARTUR PAREDES

Não consigo no poema
o valor exacto
do teu génio.
És mais e mais
e simples como a terra.
Dedilhador
e coisa dedilhada.
Guitarra-a-partir,
guitarra-a-ficar, as tuas mãos
fecundas e sagradas.

Poema de Carlos Carranca, in "Ressurreição" - Coimbra 1992

2 comentários:

Anónimo disse...

Gostei.

Anónimo disse...

Gostei.