quinta-feira, julho 24, 2008

INSTANTES MEUS


Sonho

e o meu corpo estremece

cansado deste silêncio

de noites sem fim.


Noites cálidas estas

e mesmo assim este arrepio

que me inquieta a pele nua.


Sonho

que talvez agora

fosse a nossa hora,

o instante de ter o teu

abraço concreto.


Sonho ainda

a curvatura do teu dorso

presente

aqui ao meu lado.

E que a luz clara que irrompe quarto dentro

desenhe a preceito as formas sublimes

do teu peito ausente.





(Sam Foto)

1 comentário:

Vânia disse...

Que palavras tão sentidas, tão vividas ao sabor do desalento.
Emoções reprimidas, banidas pela saudade!
Que poema tão bonito e triste ao mesmo tempo!
Parabéns.