quarta-feira, setembro 19, 2007

Fim de um ciclo ou começo de outro??




O concerto dos Massive Attack na noite de ontem no Coliseu do Porto ficou-se pela relativa desilusão. Quem como eu já estava perante a banda de Bristol pela 3.ª vez, não pôde deixar de sentir aquele sentimento chato do déja vue. A começar pelo palco, o mesmo do ano passado, até ao alinhamento das músicas. O Coliseu estava cheio, o que veio mais uma vez provar que os Massive têm entre nós um leque tão expressivo quanto heterogéneo de fãs.
Ficou, no entanto, um detalhe que julgo ser significativo para os próximos tempos da banda de Daddy G e Robert Del Naja (aka 3D). Na apresentação de, por exemplo, Butterfly caught, tema do nem sempre enaltecido 100th Window, o último trabalho de originais dos Massive Attack, os riffs de guitarra juntos com a mais pura electrónica são um prelúdio a algo de bom a aguardar no próximo e esperado trabalho do duo. Quanto ao resto é sempre revigorante ver e ouvir Beth Fraser, voz dos inexquecíveis Cocteau Twins, e o imprescindível Horace Andy.

4 comentários:

beautiful disse...

aguardo ansiosamente porque acho que eles sao fenomenais!
beijo

Rui Guerra disse...

o tempo na música é complicado...
eu lembro-me deles em 1995, provavelmente ano de estreia (?), agora imagina 12 ou mais anos em cima, é natural que o projecto esteja saturado.
a própria ex-Cocteau já deve estar passada, não? Também já a vi, em meados de 90, completamente fora de prazo, imagino passado estes 14 anos...

ofthewood disse...

Caro Rui Guerra, desde 95 até hoje, tanta coisa passou...
DEsde Blue LInes, album incontornável da chamada corrente de Bristol, que alguém nomeou como Tripop até ao 100th window, os Massive passaram por várias fases e momentos. O próprio duo passou por vários projectos. Pessoalmente acho que o último trabalho de originais é um grande momento na música dos Massive Attack. Para avaliar toda a progresão da banda nada como entrar no universo da compilação que saíu o ano passado ("Collected"), compilação liderada pelo grupo e não com intuitos simplesmente promocionais da editoral,em que já se inserem alguns originais com a voz de E. Fraser.

Rui Guerra disse...

um dia terei que ouvir, obrigado pela informação.